Você Sabia? É uma série que objetiva desmistificar a visão de que Psicologia é coisa para “doido” ou frescura. Ela trará informações sobre o que é a Psicologia, por que e quando fazer terapia, além de apresentar os benefícios desse processo. Afinal, porque não cuidar de sua saúde mental como cuida da saúde física?
Fazer psicoterapia não é uma tarefa fácil, lidar com nossos medos e angústias pode ser bem difícil. Mas nem por isso devemos desistir! Portanto, acompanhem abaixo alguns dos inúmeros motivos para fazer psicoterapia:
- Ter um momento exclusivo para você.- Falar livremente sem medo de ser julgado por quem está ouvindo. - Aprender a perceber quando você está se boicotando. - Começar a ser autor da sua própria vida, dando a devida importância a si mesmo. - Conhecer seus limites e potencialidade – Autoconhecimento. - Aprender a colocar suas frustrações e angústias em palavras e não em atos. - Reconhecer seus pontos fortes e aprender a lidar com os pontos fracos. - Viver de maneira mais leve e saudável. - Amar-se mais!A maior ferramenta de trabalho do psicólogo é a escuta, portanto, tudo que será elaborado na terapia partirá dos relatos do próprio paciente. A forma de trabalhar de cada profissional variará de acordo com a abordagem teórica que este utiliza: alguns usam testes, outros trabalham com toda a família e assim por diante. O que não varia, é que a psicoterapia é sempre um processo. Um processo estabelecido por meio de uma relação de confiança entre o paciente e o psicólogo, que vai se desenvolvendo com o passar do tempo. Dessa maneira, os avanços dependem muito do quanto o sujeito se implicará nesse processo. Engana-se quem acredita que a psicoterapia é apenas uma conversa, afinal é nesse espaço que você tem a liberdade para trazer à tona seus “fantasmas” mais ocultos e ainda poderá, a partir daí, transformá-los em algo muito menos assustador.
Não há situações prontas que denotam quando procurar um psicólogo, afinal, o primeiro passo para ingressar em uma psicoterapia é querer fazê-la. Porém, existem algumas situações em que é indicado um processo psicoterapêutico, como por exemplo:
-Para quem deseja se conhecer melhor.
-Para algumas profissões que exigem muito da saúde mental da pessoa que as executa.
-Para quem está com dificuldades de aprendizagem.
-Para quem está enfrentando momentos difíceis (elaboração de luto, diagnóstico de uma doença grave, conflitos no relacionamento ou no ambiente de trabalho dentre outros).
-Para quem quer simplesmente lidar melhor com suas questões e dificuldades.
- Para quem se sente cotidianamente muito triste, estressado ou ansioso.
A psicoterapia visa deixar o sujeito mais avisado sobre suas questões cotidianas, de maneira que ele possa ser autor de sua história e consiga manejar suas dificuldades.
A verdade é que todo paciente espera por resultados em seu processo terapêutico. Entretanto, é preciso ter sempre claro que a psicoterapia é uma via de mão-dupla. Não adianta apostar apenas no profissional e esperar que sua vida mude completamente, afinal, é um trabalho que se constitui por um psicólogo que intermedia e um paciente. O resultado da terapia depende de diversos fatores, dentre eles: a transferência (o vínculo entre profissional e paciente), a resistência (mencionada em um posts abaixo), a implicação do paciente no processo e a dificuldade em mudar. Em alguns momentos pode-se ter a impressão de estar estagnado no processo, ou por estar lidando com um assunto delicado e difícil ou por qualquer um dos fatores já mencionados. O importante nesses momentos é não desistir pois, por vezes, a dificuldade na obtenção de resultados pode ser da própria resistência. Resistência a falar do que realmente incomoda, resistência a mudar, resistência a pensar “fora da caixinha”. Portanto, se você vivencia ou vivenciou algo assim em sua psicoterapia, siga em frente no processo. Não é fácil lidar com seus “fantasmas”!
No processo psicoterapêutico, por vezes, podemos notar que há pessoas que são atendidas semanalmente e outras quinzenalmente. Diante disso, pode surgir dúvidas como: Por que essa diferença? Qual a melhor forma de atendimento para mim? A realidade é que atendimentos semanais e quinzenais dependem de cada caso. Você é único no mundo, portanto, sua psicoterapia não podia ser diferente. Cada um se adequada da sua maneira. De modo geral, no início do processo, quando psicólogo e paciente estão se conhecendo, os atendimentos semanais são mais interessantes para criar um vínculo e se ter mais elementos da história de vida da pessoa atendida. Mas varia também da forma de cada profissional trabalhar. Portanto, caso tenham dúvidas quanto à periodicidade de seu processo, pergunte a psicólogo que te atende ou te atenderá. O mais importante para os resultados na psicoterapia é levá-la a sério.
Esse post pretende mostrar a diferença de um profissional da Psicologia para um amigo. Se a intenção for somente o bem-estar, um psicólogo e um amigo são de fato parecidos, assim como ouvir música, dançar, tomar uma cervejinha, comer chocolate. No entanto, não podemos confundir essas atividades com a atuação especializada de um psicólogo. O profissional da Psicologia atua com o conhecimento técnico-científico em suas intervenções. Essa intervenção é planejada e intencional, diferente de um amigo que não planeja, analisa, ou pretende diagnosticar se baseando na ciência psicológica. A Psicologia possui técnicas e métodos próprios de investigação como: os testes psicológicos, as técnicas de entrevistas e as técnicas aprimoradas de observação, escuta e registro. Portanto, apesar das duas atividades serem terapêuticas, no sentido de que auxiliam no bem-estar, somente a Psicologia é pautada na ciência e tem a capacidade de intervir de maneira planejada no ponto de embaraço.
Não é novidade que procurar terapia não é tarefa fácil. Não só pelos preconceitos que envolvem a profissão (psicólogo ser coisa para doido, ser frescura), mas também pela própria dificuldade de nos havermos com nossas questões: nossos medos, angústias, problemas... Essa dificuldade é chamada de resistência, É natural no processo psicoterapêutico. Todo paciente a enfrenta em menor ou maior grau, seja na decisão de fazer terapia ou mesmo quando já se está no processo e precisa abordar um assunto específico, que envolve temas mais delicados. Enfrentar a resistência é um passo importante para avançarmos nas nossas questões emocionais e elaborarmos vivências desagradáveis.
Talvez você já tenha pensado: como ir a um psicólogo pode me ajudar? Como falar dos problemas pode me auxiliar a resolvê-los? Bem, costumo dizer que a fala é uma ferramenta valiosa para lidar com os problemas. Falar permite que você se escute, permite que você localize seus pontos de embaraço, permite que você divida com alguém a situação que está vivenciando. Além de que, o espaço da psicoterapia não é um espaço de apenas fala, ou apenas conversa, ali se encontra um outro que escuta, uma escuta qualificada. É um lugar inteiramente do paciente. Não haverá julgamentos ou preconceitos. É um lugar de despertar para suas questões e enfrentar suas dificuldades e medos, e você não estará sozinho nessa caminhada. O psicólogo caminhará com você respeitando seu tempo e espaço, porém, buscando sua autonomia e autoconhecimento.
Um processo psicoterapêutico avança até onde o paciente quer e consegue ir. Se a alta representar estar curado de todas as questões pessoais e que nenhuma questão existencial apareça mais, aí ela não existe. Porém, se a alta estiver atrelada à ideia de finalizar um ciclo, é perfeitamente possível que ela exista. Afinal, precisamos fazer muitas coisas da vida e psicoterapia não é a única tarefa importante a ser desempenhada. É possível ganhar alta e depois retornar ao processo, ou por novas questões ou pelas mesmas questões que voltam com uma nova intensidade. A vida não é um processo linear, nossas angústias também não, logo, com o processo psicoterapêutico não seria diferente. Cada caso é um caso, e é isso que faz, da psicologia, um saber diferenciado, pois não há resposta que caiba a todos da mesma maneira. Pouquíssimas coisas nessa vida cabem a todos e nunca da mesma maneira! Dito isso, a nossa série “Você Sabia?” fica por aqui! Em caso de dúvidas sobre o processo da terapia, entre em contato, terei prazer em respondê-los.