Toda tristeza é indício de depressão?
Toda tristeza é indício de depressão?
A tristeza é uma emoção humana, assim como a alegria, o medo, a raiva, dentre outras. Estar triste além de normal é totalmente esperado para experiências humanas. Portanto, esse imperativo do mundo líquido de que temos que ser felizes, é uma ideia perigosa. Não que não devemos sentir-nos felizes, ou buscar a felicidade, mas é que ninguém é feliz todo o tempo e está tudo bem se sentir triste às vezes, afinal só sabemos o que é alegria, pois outrora estivemos tristes.
A tristeza é associada a depressão muitas vezes por ser um dos principais sintomas dessa doença. Porém, não é o único critério diagnóstico e não é toda tristeza que indica um quadro patológico. O problema sempre está nos excessos, na intensidade e duração do sentir-se triste.
Os transtornos depressivos são caracterizados, segundo o Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais- DSM-5, por uma tristeza grave e persistente que interfere no funcionamento cotidiano do sujeito, diminuindo o interesse ou prazer em desempenhar atividades. Também envolvem ganho ou perda de peso excessiva, insônia, agitação ou fadiga, capacidade diminuída de pensar, dentre outros sintomas.
Características e sintomas isolados dos transtornos, não caracterizam a doença, o diagnóstico só pode ser feito por um profissional de saúde mental qualificado. Portanto, se você está atravessando um momento difícil, procure ajuda profissional, este te auxiliará a entender seu contexto vivencial e atravessá-lo.
Nem toda tristeza é depressão, está tudo bem se sentir triste, está tudo bem sofrer. No entanto, se sentir que precisa de ajuda, não hesite em procura-la. Assim como não somos felizes o tempo todo, também não temos que permanecer tristes. Toda emoção é transitória, é um estado, ora vivenciamos uma, ora outra, ora mais de uma ao mesmo tempo. Precisamos aprender administrá-las sem achar que podemos controlar quando e como elas vão aparecer.
Nada melhor para aprender a lidar com nossas emoções, do que conhecê-las e vivenciá-las. Um processo terapêutico ensina isso muito bem! Vamos experimentar?